quinta-feira, 25 de abril de 2013

o tempo de sentir


o tempo de sentir o meu corpo o teu corpo o teu beijo no meu é agora e agora estamos juntos e o nosso para sempre e para o todo hoje e sempre é portanto agora também e nesse agora nosso para sempre far-te-ei cheia de beijos carinhos respiros suspiros chamegos olhares e que a recíproca seja verdadeira porque te ter ao meu lado com a tua mão sobre a minha em qualquer hora do dia que conseguimos nos propor é algo que não havia planejado e se não fosse assim não havia então de ser tão bonito poético gostoso o nosso gozo junto ao encontro dos teus olhos e o teu toque singelo à minha nuca arranhando-me estreme o teu beijo doce grudado ao meu mas tinha de ser e é

quarta-feira, 24 de abril de 2013

fragmentos de um quase conto

... não viam-se há anos, mas a mulher movimentava-se sem repúdios ao encontro do rapaz como se nada lhes tivesse ocorrido e ele, um pouco em desencontro à sua fala mansa ao gosto amargo do espumante, recolhia-se inerte à cadeira desconfortável que obrigara a assentar-se ao lado de sua mãe. não acreditava, ou simplesmente não permitia-se acreditar à saudade dilacerada em seu guarda-roupa, mas ensaiava dizer o amor à sua maneira tímida de encarar as tolices do tempo, mesmo inábil às pernas que já não se moviam, porque afinal a admirava tanto quanto os belos poemas do Leminski que sempre lia aos alunos nas incansáveis tardes de estudo.