ando
precisando empenhar-me em projetos e ideias que me deem mais tesão.
ando
precisando de mim.
acontecem
certas coisas em dias comuns que fazem-lhe questionar novamente algumas condutas. muito. a morte próxima, o
novo, o incerto, de tudo um pouco ao mesmo tempo. um emprego bom, a roupa de
marca, certo dinheiro no bolso, a viagem para o exterior que acontece todos os
anos, a leve despreocupação com as contas a pagar ou com o que vem depois, o
carro do ano, a aparente segurança.
diríamos
equilíbrio.
razão.
e de que
vale, no final das contas - e mesmo que seja mais um clichê - se não vale ao
mesmo tempo nada? desequilíbrio. eu busco desequilíbrio. e quero gente
desequilibrada ao meu redor. quero amigos que me façam desequilibrados, que me
questionem e me façam como sou. que gostem-me como sou, pois na mesma medida
desmedida lhes entregarei em troca. entregar-lhes-ei flores. muitas.
um
desemprego bom, uma roupa que apenas cubra o corpo desnudo, o dinheiro na
medida certa, a viagem ao (meu) interior, a sensação de que as contas pagas
valham de fato cada centavo gasto, uma bicicleta e um carro mais antigo para
levar-me onde quer que seja, uma insegurança que me leve além. além de mim e da
aparente segurança impregnada em um medo-bolha que cobre-me os dias.
diríamos
desequilíbrio. diríamos emoção. diríamos, então, vida.
caos-motor.
vida.
ando
precisando de mim.
ando
precisando empenhar-me em projetos e ideias que me deem mais tesão.
ando
precisando ir.
ou
vir.
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