terça-feira, 2 de julho de 2013

embora sim

embora, sim
não
insurge a lua?
talvez

não era abismo,
tampouco fundo
era o teu peito,
à beira-mar

e podes, sim
disse outro dia
abri-me pois,
nós dois

o amor, então
o ar preenche
à revelia,
ou à razão

queira ou possas 
não poupe aos dois,
faça-te sim,
ou então depois

em dose certa,
em posse asserta
em peito esmero,
em flor sincera

os olhos escusos,
não
outrossim, 
livrai o não!

permita-te em tom
em ecos, 
nas mãos
uns versos não vãos,

permita-te, enfim
em mim, assim
e vem além.
e vem agora.

depois também.

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