terça-feira, 13 de março de 2012

Acíclico

Tudo não cíclico, acíclico é. Redundante, óbvio, impreciso, antes fosse, posto que existe o meio. Estrada. Caminho entre o começo e o fim. Um quase ciclo sem fim. Um quase ciclo sem mim. Mas sem começo também. Um quase nada. Encerra-se assim. Sem mim. De novo. Cruzai-vos. Um dia quem sabe. Vem outro e começa. Com outros, talvez, com novos, vocês. Insensatez. Ou não, pois não se encerra também. Não engatou. Não progrediu. Não avançou. Pifou. Sequer começou. Morreram-se os outros, morreu-se o ciclo, morri-me então. Em mim. De novo. Morremos todos, morremos chulos, morremos tolos. Fúteis, inúteis, intragáveis. Assim que somos. Topamos. Sangramos. Esvaíram-se. Evaporaram-se. Fomos. Todos. Culatra é o nosso nome. Vãos. E o nome disso que chamamos de ciclo é só isso, não tem começo e nem fim. Surge. E só, e nada mais. Não mais. Começa outro, vem, a roda gira. E é gigante. Lenta. Angustiante. Se termina, não sei. Te conto depois. Pois acíclicos somos, sempre. E tortos também.

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