domingo, 11 de março de 2012

Se essa rua fosse minha...

Se essa rua fosse minha, eu cuidaria das plantas na calçada, eu teria uma praça sem regalias, sem falsas madrinhas, e uma cidade sem hipocrisia. Eu usaria fantasia. Teria carnaval o ano inteiro, e teria uma rua mais limpinha, sem coxinha, uma coisa meio assim, mais moderninha. Eu levaria uma vida sem preocupação, sem nãos, sem direção. Porque o nome disso, que chamamos de rua, devia ser nosso. E ponto. Com mais amor, por favor, e liberdade também. É preciso. Abraçar mais, gratuitamente, andar de bicicleta. Corrente. Eu quero muito. Podemos. Porque eu busco uma rua florida, em trânsito que flui, sem ser escondida. Uma rua com duelos, desnuda, em um tempo sem flanelas, e sem frestas nas janelas. Uma rua com velhinhos, com tabuleiros, com pipoqueiros, e sem muitos sinais vermelhos. Uma rua de balões amarelos, ou azuis, ou anis, de algodões-doces coloridos e corações esculpidos. Que pulsem. Quem sabe. Não quero travestidos, não quero bandidos. Que sejam banidos. Porque o que eu quero mesmo é uma época à minha maneira, laranja, à tua. E uma rua que seja minha, que seja nossa, aonde eu possa. E nada mais.

2 comentários:

  1. Belo Leo! Um beijo!!!

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  2. Ei, buniteza! Passando aqui, mesmo que rapidinho (porque o trabalho é árduo), pra dizer que continuo te lendo, sempre, mesmo não comentando... e continuo curtindo, às vezes de um jeito meio torto, mas curtindo, e curtinho. E ontem, na Bahia, lembrei de você, todos os dias, viajando na sua viagem de férias, que deve ter sido mágica, porque a Bahia é mesmo mágica. Beijokas! E "vamo que vamo"!

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