quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Férias em mim

Game over. Acabou. Foi-se aquilo que habituei-me a chamar sem culpa alguma por férias. Pequena pausa. Foram vinte e cinco dias comigo. E foram uma delícia. Necessários. Três mil trezentos e trinta e dois quilômetros. Eu, as minhas lembranças, o meu carro, as minhas angústias, o meu ipod, as minhas perguntas e o meu cigarro, que ainda não consegui largar. Impressive. Me joguei. Morro de São Paulo, Moreré, Itacaré, Arraial, Tranconso e Caraíva, necessariamente nessa mesma ordem, umas boas, outras médias, todas lindas, e muita história para contar. Se você ainda não foi à Bahia, nega, então vá.

Silêncio. A maioria do tempo foi assim. Ficamos fechados. Eu e o mar. E o meu rascunho também. Era a proposta mais genuína e legítima que eu poderia me proporcionar. E abracei. Imergi-me nos mais profundos e minuciosos detalhes naquilo que também habituei-me a chamar, nessa viagem, por auto-reconhecimento. Não fui ao meu encontro completo, supremo, ao extremo, into the wild como tanto queria, e esse é o resumo da obra, tampouco lancei-me brutalmente àquilo que tenho insistentemente tratado como o novo. Também não fiz muitos novos amigos, é verdade, mas tudo isso pouco importa, pois fiz muitos amigos em mim.

E que venha dois mil e doze. E que venha suave, doce e tranquilo, como a benção que tanto aguardamos de iemanjá no dia de amanhã. Eu quero é paz, eu quero é mais.


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