segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Marimbondo

“A dor de estar distante não é maior, tenha certeza, do que a felicidade em saber que tudo caminha tão bem”. Foi o pensamento que me veio quando, ainda de férias e longe de beagá, tive notícias do lançamento de “Marimbondo”. Alguns podem julgar esta pauta como atrasada, lá se foram mais de dez dias, mas não me arriscaria jamais a dizer isto sobre uma das matérias mais inovadoras e contemporâneas que já me deparei. É veneno na veia. Feitura linda isso que habitualmente chamaríamos de revista, mas que prefiro tratar desde então como uma obra de arte, e das primas, resultado de um longo e intenso, mas não tão tenebroso inverno ao qual se embrenharam as brilhantes, sensibilíssimas e criativíssimas Júlia e Carol (Canal C), com toda a sua trupe, é claro, liderada pela não menos brilhante e criativa Mariana (LAB Design).

Ao voltar de férias, um pouco ansioso, confesso, rapidamente tive mais e mais e mais notícias. Não parava de recebê-las. Esquivei-me por alguns instantes, e juro que tentei, mas não consegui esperar o meu exemplar e logo saí correndo para investigar, sem contar para ninguém, aquilo que estava chacoalhando os esqueletos dos belo-horizontinos, cutucando alguns, encantando outros e fazendo até defunto se remexer no caixão. Foi quando descobri e tive coragem de encarar o conteúdo que as meninas fizeram questão de disponibilizar integralmente no site do projeto. Versão sem cortes. Foda. Posso usar esse termo? Foda! 

Não cheguei nem à metade, mas fiquei encantado também - como muitos dos outros e como há muito não ficava - e pude detectar logo nos primeiros parágrafos, nas primeiras imagens e nas primeiras dobrinhas, a transcendência completa daquilo que, como disse, nos acostumamos a chamar por revista. Veja por si só, isso sim é uma coisa à nossa época. Caras, bocas, fatos e palavras em sua face mais crua, nua e genuína. E com os melhores trocadilhos possíveis, e não lá, mas cá.

Fico muito feliz, e de peito cheio, arriscando-me – e isso eu já disse às autoras antes mesmo desse post - como um dos maiores cúmplices dessa promissora história. É com muito prazer que integro a equipe desta ideia – que é muito maior do que um projeto, e eu sempre soube disso, elas “bobas” é que não sabiam -, mesmo que tenha de me empregar uma forcinha extra para dar conta enquanto tudo isso durar. Quem me conhece bem sabe do que estou falando. E que dure bastante, pois coisa nossa é coisa boa, como bem adiantou o meu amigo Dedé outro dia - aqui e aqui -, com palavras não menos sensíveis e legítimas do que as minhas.


Com a tua licença, agora, serei um pouco egoísta e passarei a chamar esse projeto um pouco de meu também, de nosso, de todo mundo, mesmo que o continue fazendo da forma mais possível que encontrei. Marimbondo é linda. É a alma gêmea dos nossos tempos. E que chegue logo o meu exemplar, e que venha logo a segunda edição! Emocionei.

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