quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Micro-crônica do adeus

Hoje o dia amanheceu menos feliz. Triste. Acordamos, todos, e lá estava estampado nos jornais. Foi-se Wando. Aquele lindo, eterno, inesquecível. É inacreditável. E não pela partida em si, já estava sofrendo há dias, mas porque Wando será um desses caras que a gente sempre vai se pegar pensando se já foi ou não, tamanha a sua presença quase que diária em nossa wandices, batizando carinhosamente agora aquilo que costumamos chamar por breguices, esquisitices, maluquices, estranhices, bananices e loucurices do amor, ou do quase amor. Que seja.

E para as mocinhas e os mocinhos mais audaciosos, que jogue a primeira pedra quem nunca colocou uma calcinha pensando nele. Eu já. A minha fantasia está quase pronta. Uma das festas que mais adoro, "Eu não presto, mas eu te amo", agora têm um pote cheio para as baladinhas. E eu não perderei nenhuma, é claro! Wando foi, mas as homenagens ficarão. E as calcinhas também. Para quem daremos as calcinhas agora, moço, pro restart? Pro nxzero? Pro michel teló? Todos minúsculos, nenhum a seus pés. Jamais. E com ele, aquele fofo, foi-se também uma época boa, divertida, nostálgica, de fogo e paixão, e que o Beto Barbosa e o Magal continuem por aí, e que a bandeira eterna das wandices verdadeiras se mantenha viva.

Vi um movimento por calcinhas pretas hoje. Discordo. Não as usem hoje moças, moços, suplico, não há que se falar em luto. Usem vermelhas, rosas, comestíveis, amarelas, coloridas, sensuais, ou dispam-se já, mas sobretudo sintam, amem, gozem, pois é assim que ele gostava, gozava, queria. E muito. E que tenhamos, todos, um amor romântico cheio de wandices e que seja para sempre, pelo menos enquanto durar, como durou Wando que hoje se esvai, novo, com sessenta e seis, mas com muita história pra contar lá em cima. Ouvi dizer por aí que está levando oito malas consigo e que também já autorizaram o excesso de bagagem. Passa, moço, passa. Wando pra sempre!

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