sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eu. Vivo.

Vivo de inseguranças, certas andanças, algumas lembranças.
Vivo de tentar voar, me arriscar, algumas danças.
Em tempos de mudança, o bom mesmo é ser criança.
Me apego às lanças.
Manchas.

Vivo de tentar fugir, me iludir, pensar em partir.
Vivo de te seduzir, enaltecer, até cair.
Em tempos de me descobrir, o bom mesmo é correr e rir.
Me apego a sentir.
Sair.
Ir e Vir.

Vivo de amadurecer, estremecer, enlouquecer.
Vivo de tentar crescer, reconhecer e florescer.
Em tempos de tentar só ser, o bom mesmo é espairecer.
Me apego ao amanhecer.
Crer.
Felicidade ser.

Vivo de tentar andar, só, me embasbacar.
Vivo de telefonar, até cansar, sem apanhar.
Em tempos de me descansar, o bom mesmo é respirar.
Me apego apenas ao meu lar.
Flutuar. Acalmar.
Aliviar.

Vivo de me encantar, me iludir, me rebelar.
Vivo de tentar buscar, tentar sonhar, me chamegar.
Em tempos de me isolar, o bom mesmo é viajar.
Me apego a arrebatar.
Esperar. Planar.
Cantar.

Vivo de me plagiar, me enganar, me sabotar.
Vivo de tentar me ver, me procurar, sem alcançar.
Em tempos de tentar viver, o bom mesmo é esquecer.
Me apego a me reinventar.
Reviver.
Renascer.




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