Acordei triste. Cansado. Estrada novamente, preciso. Cidade novamente, um caos. Casa. Não há novidade. Ruas. Há trânsito. E brigas, e discussões desenfreadas, e apenas o barulho do freio dos carros. Motores, não batam. Isso é agressão. Roedores. Coxinhas. Falsos atores. Molestadores. Não há poesia. Não há flores. Não há rima. Não há consentimento. Que venha o carnaval. Ebulição é minha alma, vontade de voltar. Vomitar. A praia, a beira, à espreita, o rascunho, a canga. Os meus livros. E os meus cigarros também. Estão longe, todos, tolos, e aqui tudo tão perto, vago, impreciso. Não sei o meu lugar. Agora, amanhã. Quisera saber. Quisera querer. Observar. Distante, alma presa ao volante. Devo trabalhar. Lá vou eu, a labuta me aguarda. E o meu chefe também.
"dois dias só pra me distrair
ResponderExcluirdois dias sem saber pra onde ir
depois, deixo a casa vazia..."
(dois dias - transmissor)
pois pra mim a estrada é pouca. quero o céu.
ResponderExcluiraluga-se balões na esquina ;)
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