domingo, 3 de julho de 2011

Didi

Judith, Dinha, Key, Tia Dith. Didi.
Na última quinta, fez um ano que Didi se foi.

Didi, na minha vida, foi muito importante.
Minha mãe emprestada em BH.
Didi era guardiã e fiel escudeira daquilo que eu queria roubar.
Ao invés de relutar, me entreguei.

Da Didi fiquei amigo, confidente e busquei ser leal.
Todas as tardes, lá estava ela. Todas as noites, estava ela lá também.
O meu telefone não passava um dia sem receber sua ligação.
E eu gostava. Gostava de tentar cuidar daquilo que a Didi amava.

Na Didi consegui entender o que era o amor sob quaisquer condições.
Entendi a importância e a real função de um plástico-bolha.
Aprendi que requeijão, na verdade, era creme.
Que a vida é curta, que as galinhas são lindas e que a chuva estava vindo.
Que roupa não se perde. Que chorar, às vezes, faz mal.
Aprendi também que é até boa a comida sem sal.
E que cozinhar era apenas questão de detalhe, o importante era saber mandar.

Me chamava de filho, quando gostava. Me chamava de Leo, quando aceitava.
Quando achava ruim, era Leonardo. Quando odiava, nem me chamava.

Didi, pra mim, foi luta, fé, força, carinho, amor.
Didi faz falta. Didi é, também, saudade.




Para Júlia, Silvana e Tia Eliana, todo o meu amor e carinho.

Um comentário:

  1. Leo saudade doi, leva ao fundo. Cada dia eh uma conquista. As frases soltam e nos fazem prisioneiros da dor pra depois nos libertar. Em suas noites insones procure alguem pra te escutar. Que saudade sozinho ninguem merece, voce menos ainda... Pode me ligar sou soh ouvidos e coracao...

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